21 de out. de 2011

Como é bom poder realizar!

Por Francisco Tibiriçá*

No mês de outubro, devido ao Dia das Crianças, lembrei-me de vários momentos em que sentia aquela ansiedade pela espera do presente. Até de quantos presentes iria ganhar. Família grande, muitas vezes, acostuma mal suas crianças. Mas era tudo alegria e divertimento. Quando a expectativa era atendida, quanta felicidade e realização, não é mesmo? 

Nos dias de hoje, quantos de nós ainda nutrem esses sentimentos que tínhamos daquela época da  infância? Quantos de nós ainda conseguem nutrir seus corações de ansiedade positiva pelo novo desafio e o sentimento de satisfação de ter feito algo a contento, de ter realizado alguma coisa importante de fato? 

Com a morte de Steve Jobs, li em uma revista a seguinte frase de autoria dele: “Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração”.

Após a leitura, fiquei impressionado com a força que ele encontrou e, melhor ainda, com que deixou-nos um imenso legado para que aprendamos. 

Existem estudos que demonstram que as maiores tristezas dos seres humanos, no momento dos seus epitáfios, não são as coisas que fizeram, e sim as coisas que deixaram de fazer. Alguns lamentam os amores não vividos, outros as oportunidades perdidas em nome da estabilidade.

A pergunta que acredito que devamos fazer a nós mesmos é: “Quanto estou disposto a arriscar, de fato, para encarar um novo desafio em minha vida ou carreira?”.

Um velho tio me disse certa vez: “As oportunidades são como cavalos que passam em nossa frente, nos quais cada um decide se monta ou não, porém eles não passam mais de uma vez!”. Reflita: quantos “cavalos” já passaram na sua frente? Quais foram as suas decisões em cada uma dessas oportunidades? 

Não tenho a vivência e a inteligência de um homem como Steve Jobs nem a sabedoria daquele tio, entretanto, estou tentando. Já “quebrei” por duas vezes por buscar as oportunidades que surgiram. Em ambas as vezes, a “culpa” foi somente minha. Faltou visão, faltou conhecimento e faltou vivência.

Hoje, depois de cada trabalho que realizo e vejo as respostas das pessoas, entendo que cada dia que chorei, que cada dia que sofri valeu a pena. Foram apenas momentos de crescimento e aprendizado que serviram para algo maior: meu próprio desenvolvimento. Sei que ainda tenho muito a fazer para merecer reverência, entretanto aprendi uma coisa: “É melhor arriscar e errar do que ficar no ostracismo da área de conforto!”

* Francisco Tibiriçá é consultor de treinamentos há mais de 24 anos na área comercial, além de palestrante nas áreas de motivação, negociação, atendimento ao cliente e liderança.

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